Venha china faceira, tua saia rodada
enfeita o salão, trás contigo uma flor no cabelo,
o aroma d'água de cheiro, e o mate amargo
pra lembrar-me da estância,
das minhas coxilhas queridas,
dos pastos verdes e as rês a pastar,
e o tropeiro velho pitando um palheiro...
Ah que saudades do pago!
Ah que saudades das rodas de chimarão,
da prosa afiada no bolicho, do jogo do osso,
da canha de guampa, e da peonada
atracada no churrasco de fogo de chão.
Ah, que saudades...
do pingo fiel a trotear, e do meu cusco.
Sonho com a boitatá,
com a Salamanca do Jaraú,
rezo ao meu negrinho do Pastoreio
que interceda junto a Nossa Senhora,
acendo um toco de vela pra iluminar
meu caminho. Rezo, rezo muito pra que
eu possa morrer no meu pago,
minha querência amada,
ao lado da china que amo
sentido o perfume da flor no seu cabelo.
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