quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Carrasco

(foto João Sampaio - Silêncio do Escuro)


Deixo minhas impressões digitais
em lanças cravadas nos corpos alheios.
Deixo rastros da minha crueldade
em vidas tantas desfeitas.
Eu algoz, voraz e inoportuno.
Sorrateiro desfaço os laços
primorosos de uma vida extasiante.
Eu fera, dilacero almas e liquefaço
sonhos que serão bebidos como desjejum.
E enfim saciarei minha ânsia de solidão.

Da lágrima, chuva ácida,
que molha e corrói o peito,
dor lancinante focada no ser.

2 comentários:

  1. Balaço. Bem desenvolvido e sosturado na idéia. "sonhos que serão bebidos como desjejum", que forte isso!

    Bjus.

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  2. Olá, bom dia estou a realizar uma curta metragem e queria saber se não se importava que eu utiliza-se esta imagem na minha curta, pois ficaria excelente lá!
    Agurado a sua resposta o mais rápido possivél.
    Obrigado

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Obrigada pelo comentário, deixo meu beijo antecipado. Volte sempre!!!