quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Do desconexo do meu pensamento

(foto Gonçalo Sousa - s/t)

Subi a íngreme escada do caminho retilíneo
num horizonte previsto e traçado.
Não me curvei, não me esquivei,
mantive-me parado.
Ansiei que aliviasse a dor
de meus turvos olhos, míopes
por forçar a vista a frente
atrás de um sonho róseo e almejado.
E nada!
O medo sorria-me quase sadicamente.
Via todos os dentes!
Perfeitas madrepérolas do crânio.

Bebi o vinho em uma taça feita de âmbar,
só não percebi a cicuta misturada ao líquido fermentado.
Era tarde!

Meu pensamento antes confuso
tornou-se desconexo
e já não mais me fazia sorrir ante a adversidade.
Perdi-me

Um comentário:

Obrigada pelo comentário, deixo meu beijo antecipado. Volte sempre!!!