quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Um quase conto, num quase canto

Entre um canto e a extensão da parede, esquecido em meio à decoração cafona daquela casa sem esmero, eu, um quadro de natureza morta em tons pastéis, quase desaparecendo devido à exposição excessiva de sol, fiquei esquecido como o resto dos móveis, empoeirado, umedecido pela infiltração que provinha da casa ao lado. A mercê do tempo, dos fenômenos naturais e dos indivíduos de índole duvidosa que adentravam naquela casa hora ou vez.
O último jornal entregue naquela casa, continuava no chão servindo de tapete letrado.

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