quarta-feira, 4 de junho de 2008

O descanso

Sinto o músculo coronário latejante
impulsionando o fluído corporal rubro
Sinto as pulsações aceleradas,
olhos marejados pelas lágrimas,
solução estéril.

Sinto o vento lufando no rosto gélido,
indiferente, apático...
Olho pra baixo, encaro meu propósito,
olho intensamente o abismo, meu jazigo!

Ah, como deve ser doce o descanso enfim,
mas embora deseje avidamente essa sina
permaneço inalterado.

Vou voar pro meu destino, planar nos ares
e pousar no chão pedregoso e árido.
Abrigo melhor não há, tão idêntico a minha vida,
tão estéril e infrutífero...
Descansarei enfim e toda a dor irá embora.

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