segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Forjada

(foto: Pedro Jorge Sousa - O último ferreiro no Sandoal)


Entre carvão e fogo
fui aquecida
em temperaturas altas,
desmedidas. Fui batida,
com força, vários foram
os tilintares em minha carne,
ressoavam alto, estridente
às vezes. E por fim jogada
na água para esfriar...
Mal sabia o que acontecia,
mas por fim, de tanto
aquecer, tilintar e esfriar
fui forjada.
E hoje, quando lembro
de minha sina, me sinto
forte como o ferro, e
pronta pro dia a dia.

2 comentários:

  1. O finde te rendeu uma belíssima reflexão. Também me sinto forjada a ferro e fogo... Muito bem descrito, muito bem composto! Poema grandioso, Big Sakura Flower! Adoro-te!
    É sempre muito bom estar aqui... petinho de ti!

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  2. Tahys, digo-lhe que teu blog é perfeito.
    Li todos os teus posts. Mas o que mais me deixou altivo foi o trecho "Sobre o que há muito se tem a dizer,
    porém é melhor sentir o vento... "
    A solidão das palavras e a reclusão dos pensamentos nos levam ao céu.
    Ótima visão.
    Passarei mais vezes.

    Beijos,
    Angel Cabeza
    www.angelcesar.zip.net

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Obrigada pelo comentário, deixo meu beijo antecipado. Volte sempre!!!