quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Fluidez

(foto: Google Search)

Escorre de mim,
das vertentes esquecidas,
uma profusão.
Minha lucidez liquefeita
molha-me a face,
as vestes,
os pés.
E no chão:
a poça,
que mesclada ao pó
do pensamento fez-se barro.
Moldarei um jarro
e nele colocarei minhas idéias
insanas e torpes
em sementes germinadas
dos meus momentos de solidão.
Florescerá minha loucura em flor,
tornando-se o centro dos meus cuidados.
A mim só falta escrever um livro.

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