sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Luto

(imagem Google Search)

Lancei ao vento meus frutos incertos:
ilusões e sonhos impossíveis,
esperanças e amores desfeitos.

Vesti meu luto, fiz-me pálida,
como se tivesse realmente
perdido alguém querido. Olheiras...
manchas negras cimentadas
sobre as maças do rosto.

Consternei-me da minha própria falácia
e petrifiquei diante da minha mágoa.

E agora, sorrateira e muda, perambulo
pelas paragens atrás daqueles que arremessei,
tentando juntar os cacos de mim,
para tirar o negro pesado da minh’alma.

Um comentário:

  1. Fico encantada cada vez que te leio!
    Mas o encanto ao ler Luto, foi mágico, foi doído, foi sentido!
    Lindo!!!
    Belissimo! Toca a sensatez da alma!
    Maravilhoso!

    Parabéns! E continue arremessando aos ares com afoito o seu desejo, a sua mágoa, tranformando em essencia o verdadeiro poema!

    Beijo grande!

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Obrigada pelo comentário, deixo meu beijo antecipado. Volte sempre!!!