terça-feira, 30 de setembro de 2008

Canela

Entre uma piscadela e outra,
entre o breve lubrificar,
percebi a delicadeza de tua tez:
canela - um tom marrom dourado indescritível.
Atento aos teus olhos amendoados,
brilhantes, vibrantes...
Difícil voltar ao que fazia antes das piscadelas.
O que seria mesmo?
O que detinha minha atenção?
Veja bem, perdi minha concentração naquele momento,
não queria ficar a fitá-la,
mas me chamaste atenção,
roubaste minha calma.
O que fazer então se não admirá-la?
Nem bem mulher eras,
percebia-se pelos trejeitos de menina,
estavas em tenra flor,
mas não me contive,
enfeitiçado estava,
me perdi de amor...

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