sexta-feira, 30 de maio de 2008

DOU-TE MEUS SABORES: DELEITE-SE

Dádivas te ofereço agora,
Ornamentos para tua libido
Um suave gosto de lascívia
- [SENTES?]
Tua boca jamais sentiu igual sabor
Espere! Isso é só o começo...

Muito mais tenho a te dar, nem mesmo
Em teus sonhos mais libertinos fostes
Ungido com tamanhas
Sensações. Irei tirar-te do prumo!

Sou a luxúria encarnada
Antes de me desejares já existia!
Beijos ardentes terás de mim,
Olhos famintos a brincar com teus desejos. O
Roçar da pele, o
Eriçar dos pelos.
Só para o teu prazer!

Donde achas que venho?
Emergi da tua procura. Sou o
Lânguido anseio! Consegues ver?
Em mim tens vida
Iluminada! Sentiu meu calor?
Teu desejo me conduziu.
Estou aqui!
-[DOU-TE MEUS SABORES: DELEITE-SE]
Sentirás por fim que faço parte de ti
Eu sou tua liberdade!

AMOR ARDENTE

Anjo de meus sonhos quero-te
Muito mais que um só momento,
Onde nossos corpos enlaçados
Renascem em voluptuoso desejo.

Antes que sucumbamos
Reforço meu pedido
De permanecer comigo
Enamorado
Nessa noite linda, nessa
Tênue névoa lasciva
Estrelada de amor ardente.

MANJAR DOS DEUSES

Meus lábios dou-te como
Alimento, meu corpo
Nu como repouso,
Jazigo de teu cansaço.
Acolho-te com amor,
Recebo-te com desejo.

Desejo de amor e sexo
Ornados de beijos
Seus beijos abusados.

Desejo de pele
Embebida em luxúria
Urgentemente gritando por meus
Singelos e firmes toques.
Em frenezi
Sinceramente concedo.

MADRUGADA FRIA

Muitas noites estive só
Ansiosa por companhia,
De dia esperava, a noite sofria,
Revirava-me na cama
Um enorme frio sentia.
Gotas, inúmeras gotas de lágrimas derramadas,
Angustia, agonia... e
Das noites mal dormidas, sozinha,
Apenas mais frio sentia.

Ficou mais frio agora,
Roguei para cessar
Imagine a alegria
Ao ter alguém pra abraçar.

SAUDADE DÓI

Saudades... sinto tantas...
Amigos, família...
Uma vida é tão pouco tempo!
Deveríamos viver muitas para
Aproveitarmos, amarmos bastante.
Deveríamos dar mais valor aos momentos
Em que todos estão reunidos.

Dói muito a saudade, o tempo não volta!
Olho meus retratos amarelados,
Imagino-me em um tempo que não existe mais. Ah, que saudades!

quinta-feira, 29 de maio de 2008

SENTIMENTALISTA

Seja como for
Encare de frente a vida
Nela busque a tudo, e a
Todos guarde com alegria.
Ilusões terás sim,
Mentir não irei. Porém
Estes percalços
Não te causarão damos irremediáveis...
Também haverá dor
Amarguras, solidão, mas
Levante a cabeça!
Ilumine-se!
Sorria!
Tens o bem maior a teu favor, tens o
Amor.

Epílogo

Continuarei a escrever então...
Amor?
Solidão?
Dor?
Vida?
Sexo?
Não sei, minha imaginação é quem manda!
Eu sou o hospedeiro e ela o parasita em perfeita simbiose!
Não, mas não encare isso como moléstia, eu a amo.
Sem ela não sou ninguém!
Como poderia ver o mar, sem imaginar o que ele esconde?
Sereias, monstros marinhos, quem sabe...
Como poderia olhar o céu cravejado de estrelas sem imaginar que em algum lugar do universo alguém pergunta a mesma coisa que eu:
_Estou só?
Como poderia olhar a areia [esquecendo todas as leis e descobertas da ciência] e não imaginar como ela pode se transformar em vidro?
Sem minha imaginação eu não escrevo nada. Ela é minha salvadora!
É como se eu conseguisse ver voando diante dos meus olhos cada fragmento de palavras, um Big Bang de letras, eu as junto como a um quebra cabeças. Daí nascem minhas composições.
Nelas viajo a mundos desconhecidos, me ponho em lugares inusitados, sou pessoas diferentes, sou várias, sou eu.
Sou o vórtice e o vértice de mim.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Amor configurado.

No inicio de Outubro
o amor tomou forma,
tão pequeno, tão frágil.
Envolto em um tom róseo-rubro,
os espelhos d'alma azuis
de mar profundo,
os raios de sol sobre ele,
o cheiro de novidade
encheu-me de felicidade.

Estávamos em dois mil e cinco,
a tarde já se fazia perceber,
inicio de noite eu diria.
Mal o vi, mas o senti,
não queria dormir,
queria agarrá-lo, protegê-lo,
mas não deu,
não era mais meu,
só via nele reflexos
de mim mesma e dele,
- meu amor!

E surgiu... o fruto mais doce
que o mês pudera ceder.
E seu brado retumbou e ecoou
por entre aquelas paredes frias.

Carta a mim

Ah, ecoa em mim um grito contido,
um temporal em raios e trovões,
chuvas torrenciais em pleno estio,
seca arrasadora em épocas de chuva.
Há sopro de mim que são tormentas,
há o fogo eterno em meio a geleiras glaciais,
Explosão no universo, sons, muitos sons...
Me transformarei em Super nova
em meio a poeira cósmica.

As areias da ampulheta, tão cruéis,
contam os dias pra findar a vida.
E não mais haverá dualidade
ou exageros.
Só o silêncio ensurdecedor
dos pensamentos, dos sonhos
e esperanças esquecidas.

Por isso escrevo esta carta a mim,
lembrarei-me do que importa enfim,
o breve bater das asas das borboletas,
o som quase inaudível das flores desabrochando,
teu olhar malicioso a fitar minha boca.
E o beijo, teu beijo...

Olha pra mim!

Olha pra mim menino-homem
com esses olhos famintos.
Me prova
com esta boca voraz!
Escuta meu gemido,
doce som do prazer.

Mas principalmente
Olha pra mim menino-homem
e não enxergue somente
carne e pele, mas...
alma, paixão e plenitude.

Ânsia

Sem tocar-te me fiz sentir,
sem beijar-te me fiz beijar,
sem intuito me fiz bem-querer!

E agora que a distância
se faz presente e
as entranhas a ferir.
Me sinto a desejar
ardentemente
teu semblante
somente.

Pedido singelo

Me traga tua brisa cálida,
o beijo terno,
o versar aconchegante,
a beleza mística da tua fantasia,
ou pelo menos a sombra de tua presença!

Saudade

Maldita palavra,
sentimento infame!
Dilacera meu peito,
invade minh'alma.

"gosto amargo na boca onde antes só havia mel"

Se aninha sozinha,
adentra meus sonhos,
corrói meu espírito.

Meu anjo!
Preciso! Clamo teu abraço!
Me acorde desse pesadelo.

Dama

Te vejo linda e inocente
mais bela e meiga das flores,
tua rosa carmim desabrocha
com o tocar de meus lábios.
E abrindo-se aos poucos,
em silêncio inebrie,
sorvo teu mel exalado.

Dúvidas?!

Enfermo estou em meio a devaneios,
sonho acordado com o que está por vir.
Constantemente me perco em meus anseios,
vou, volto, mas... aonde ir?

Irei conseguir superar tanta dificuldade?
Dor, inconstância, amargura sinto.
Sonhos são só sonhos, não realidade.
Penso, penso e pra mim mesmo minto.

Existe como fugir da dúvida?

Ir, fugir, sumir,
ficar, lutar, amar,
...se abrir...
desabrochar!

Há um jeito de cessar a dor?
Responda-me, por favor, sem rodeios!
A dor que corrompe a vida
ou a vida que se veste de dor?

terça-feira, 27 de maio de 2008

Paixão II

Essa paixão que me destroi o peito,
me prostra como a um frágil ser.
Desfaz minhas forças, me põe em leito,
tira de mim a vontade de viver.

Corrompe minha alma imaculada,
deixa-me servil, um dócil escravo.
A seu bel prazer manipula. Desalmada!
E não percebe o quão grande me é esse agravo.

Ah, ardilosa, manipuladora, chega sorrateira
enfeitada de flores e beleza, e se abanca.
Põe meu intimo a arder e minha alma espanca.

Mas agora serei franca, digna e inteira,
sem ela não sei se vivo, sem ela não sei quem sou.
Ela em mim é criança arteira!

Maré

Beijos de mar,
ondas em vai e vem
eu me posto a andar,
mas na companhia do mar porém!

Paixão

Ah paixão! Estar apaixonado é condição
fundamental pro bem viver,
cheio deve estar o coração,
e os olhos no bem-querer.

Um Diálogo Desesperado

A Agonia

Tudo que é guardado por tempo demais estraga.
A natureza não pode ser contida, acorrentada.
Tufões, furacões são derivados do vento
e estão em propulsão no ardil do peito

A timidez

Maremotos, ventanias,
chuvas de meteoros e gritos.
Os olhos fecham-se,
e tudo é uma insana erupção.

A agonia

Como ferrugem, corrói a alma
sinto-me a cada instante mais febril.
Temo que algo em mim inflame
se continuar aqui essa força estrondosa.

A timidez

Ah! Um brado de fúria explode
de meus lábios secos de dor.
preciso de um copo cheio,
cheio de ácido sulfúrico, ah!

A Agonia e a Timidez

Vou gritar, professar teu fim, dor imunda!
Vou gritar, saia de mim!
Ganhe o mundo e por fim: Explode!
E me torne maresia enfim...

Em parceria com James de Lima, colega da comunidade Café das Letras do orkut.
27 de maio de 2008.

Mudanças...

A vida nos prega peças incríveis!
Às vezes somos pegos no meio do turbilhão
onde ocorrem as mudanças no inicio invisíveis,
mas mexem fundo com o coração.

Enquanto não as vemos achamos tudo normal,
não vemos as sutilezas da mudança.
Tudo é típico e casual,
tudo é como brincadeiras de criança.

Quanto se tornam visíveis, achamos tudo repentino
vemos nos olhos dos outros o quão determinantes são,
e aos poucos nos damos conta que o destino
mudou e não mais somos donos da situação.

Nos iludimos achando que fazemos nossa história
mas a vida nos leva as escolhas infindas.
E passamos a torcer pra termos uma linda vitória
no final de várias histórias lindas.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Perfeição não existe...

Perfeição seria nascermos de novo a cada amor,
esquecermos todo o passado, todos os erros e seguir.
Não ver os erros do outro e suplantar a dor,
nos esforçarmos ao máximo pra conseguir.

Não nos relacionarmos com mais ninguém,
não sairmos de casa e viver só pro novo bem.
Jamais conhecermos outrem
e olharmos os dois na mesma direção também!

Outros seres no mundo esquecer.
Estarmos cegos, surdos e mudos pro mundo!
Somente o coração do amado aquecer,
e que todo o resto se torne imundo.

Ah, doce ilusão, o passado sempre a porta bate,
e adentra sem convite prévio, e espanta!
E como cão que morde e não late,
dilacera as expectativas e desconfianças planta!

Queria poder ser uma nova pessoa, mas não...
sou apenas eu e meu passado esquecido e lembrado
todos os dias, e o meu atormentado coração
eternamente por ele assombrado!

[ que por ti bate!]

Aflição

Ah, aflição! Meu coração grita e clama
por piedade. Lágrimas de sangue rolam
de minh'alma. Vejo por todos os lados lama,
dores dilacerantes me assolam.

Clemencia te peço, tristeza sem fim,
estou em demência, não vejo saída.
Dores profundas saiam de mim!
Alegrias deixarão na sua partida?

Queria poder sentir a esperança
mas só escuridão vejo nessa jornada,
e não mais sou criança.

E como se minh'alma fosse aleijada,
e a dor fosse minha herança,
em meu peito fez eterna morada.

Tristeza, frieza e morte - Pranto sem fim!

Vou chorar!
Lágrimas sem fim,
Pranto contido de mil anos!

Pois a...

Tristeza...
companheira inigualável!
Suga-me as energias,
me tira a calma...
- Há soluços de choro na minha garganta-
A você estou atada
és como uma moléstia incurável!

E a ...

Frieza...
da maneira como és implacável!
São imensas as agonias
que me dilaceram a alma
e da vida me desencanta(m),
sinto-me agora velada
e a morte por fim é aceitável!

Vou chorar!
Lágrimas sem fim,
Pranto contido de mil anos!

Mais um morto... notícia esquecida!

Eu não sei cantar,
mas gostaria...
Poderia assim declarar
e ao que sinto cantaria.

Sons melodiosos,
notas sem fim,
todos os sentimentos odiosos
que agora estão em mim!

Dor, sofrimento, ironia,
pois música não é só alegria!
E a minha teria a apatia,
diante de tanta sangria!

Cantar... cantares pois sim!
Perante o morto - olhos inertes!
A dor é tamanha em mim,
quanto as lágrimas que dos olhos vertes!

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Queres um gole?

Queres um gole?
Beba de meu cálice,
sinta meu aroma.
Sou vinho tinto seco,
encorpado.
Sente as notas?
Frutas selecionadas, ácidas!

Prove meu gosto, deguste...
Seja minucioso, não terás outra chance,
sou única!

Sentiras em teu paladar
o que os anos me fizeram ser,
saberás das dores, dos aprendizados,
descobriras o que me fez ser assim:
forte!

Não sei ser singela, suave, meiga.
Ou sei?
Só tu saberás, saboreie!
Sentes?
Sabes?
Queres mais um gole?

Água

Sou água pura e cristalina.
Saciarei tua sede!
Bebe de minha taça transbordante,
sou toda sentimento alucinante:
fonte de desejos,
ânsias do vindouro,
elixir da vida,
bebedouro de anseios...
Percorre meu corpo,
que meu ventre seja teu aconchego,
e que nele tu tenhas morada para o sossego.
Repouses e vivas pleno em meu manancial.

Néctar divino, dirás!
Fonte de amor infindo!
Morada de minha cobiça!
E te responderei:
Sim, eu sou!

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Fuga

Fujo te ti
e de teus ímpetos.
Queres o que de mim?
Não me sufoques,
não me aflijas,
minha vida já é complicada por si só,
imagines se ficares em meus pensamentos!
Essa perseguição animal,
sinto-me cercada!
Saia!
Me deixe em paz!
Não, não me persigas,
me deixe livre,
igual aos pássaros...
Me deixe voar...
e sonhar...

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Saborear

Quero brincar com seu paladar
vendar teus olhos e te fazer provar
inúmeros sabores indecifráveis. Degustar...
gostos diversos, mas sem olhar!
Sentir tua pele em arrepio a cada novo avaliar,
sentir tua hesitação ao abrir os lábios. Dar
a tua língua sumos deliciosos. Limpar
teu sentido gustativo a tanto maculado. Abalar...
te fazer sentir, esquecer o mundo, se esbaldar
na novidade dos sentidos. Experimentar...
Extravasar...
Explorar...
Lacrimejar...
e por fim amar!

Brisa terna, forte temporal...

Ah, brisa que abranda minhas dores,
leva consigo antigos amores,
trás novas esperanças e sonhos,
espero que menos tristonhos.

Ah, forte temporal avassalador,
vens a mando do criador,
devasta as coisas horrendas
leva tudo como fossem oferendas.

Ah, brisa terna!
Ah, forte temporal!
São frutos da mesma vertente paterna,
filhos do vento magistral!

Sorriso de uma dama.

Ao som do badalar do sino,
lá no alto do campanário,
vejo pessoinhas andando,
esperando a sorte agarrá-las.
Não tenho sorte, a vida não me sorriu,
Não tenho fortunas, nem posses,
não tenho nada de meu... nem eu...

Sou todo de uma bela dama, que
um dia me sorriu ao me ceder seu lenço.
Sou todo de uma bela dama com um sorriso
radiante como o sol.
Seus cabelos vermelhos, seus olhos verdes,
beleza rara, pele clara.
Nessas ruas tão frias,
tão escuras e fétidas, não ouso procurá-la,
ela é um anjo eu sei, não se macularia nessas ruas.
Ela é um anjo, eu sei!

Me socorreu, me salvou, mas nada tenho de meu,
nada mesmo... nem eu...

domingo, 18 de maio de 2008

Degraus

Donde
** vens
******tão
* ****sorrateiro?

******************Donde
**********************vens
****** *****************viajante
***************************noturno?

********************************Solidão
********************************ou
****************************pouso
**********************procuras?

***********************Vida
***********************ou
*******************morte
**************carregas?

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Pedido de desculpas...

De repente a tristeza invadiu meu peito
não sei o que faço pra dor ir embora,
me parece que nele fará leito,
queria tanto que ela estivesse fora.
Preciso mesmo dar um jeito
pra me sentir melhor agora.

Às vezes uso a libido, a lascívia
pra encantar, seres sexuados
somos... ao sexo não temos apatia.
Por vezes, dos sonhos acordamos molhados,
e eis a grande agonia:
mexer com desejos alterados.

Quem mexe com fogo se queima
e um poeta não é diferente,
o poeta teima e teima
mexe com o inerente
e como se o sexo fosse guloseima
mexe com os sentidos da gente.

Sinto que me excedi.
Devia ser mais concisa.
Mas por vezes não entendi,
sou só uma pobre poetisa
ainda não aprendi
a ser suave como a brisa.

Amor ou Sexo

Amor, amor...
amor rima com dor.
Prefiro sexo
que rima com nexo.

Pele

Queria escrever uma ode a tua pele,
mas não sei.
Não sei separar metricamente,
em estrofes meticulosos.

Tua pele é uma canção,
que eu canto todos os dias
quando passo meus dedos
por ela, música alta
na ponta da língua.

Teu eriçar me fascina.

Essa pele branca,
queimada do sol,
que a noite esquenta
meu corpo. Sonho...

Te procuro, me aninho.

Quando tua pele busca a minha
viajo... flutuo... me perco na tentação
de te morder, de sentir-te
entre meus dentes, teu gosto...
tão meu... só meu!

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Quero te beijar!

Quero te beijar!
Pousar meus lábios nos teus,
sentir teu hálito quente,
morder-te o beiço,
entreabrir a boca aos poucos,
introduzir minha língua,
procurar a tua,
convidá-la a dançar,
tocar o céu da tua boca,
sentir o gosto molhado...
Ahh! A saliva...
meu mais profundo desejo!
Quero ficar ofegante em teus braços,
nesse enlace gostoso de nossos lábios
me perder nos mais loucos pensamentos...
Quero te beijar!
Intensa e profundamente,
esquecer o mundo lá fora,
somente beijá-lo é importante agora!
Quero te beijar!
Deixa?

Imagem e Som - A cigana e os Bandolins

Bandolins

Oswaldo Montenegro
Composição: Oswaldo Montenegro
Como fosse um par que
Nessa valsa triste
Se desenvolvesse
Ao som dos Bandolins...
E como não?
E por que não dizer
Que o mundo respirava mais
Se ela apertava assim...
Seu colo como
Se não fosse um tempo
Em que já fosse impróprio
Se dançar assim
Ela teimou e enfrentou
O mundo
Se rodopiando ao som
Dos Bandolins...
Como fosse um lar
Seu corpo a valsa triste
Iluminava e a noite
Caminhava assim
E como um par
O vento e a madrugada
Iluminavam a fada
Do meu botequim...
Valsando como valsa
Uma criança
Que entra na roda
A noite tá no fim
Ela valsando
Só na madrugada
Se julgando amada
Ao som dos Bandolins...
(penso nessa música e me vem a imagem de uma bela jovem em trajes ciganos dançando, ora batendo com um pandeiro nas ancas, ora com os braços pro alto, rodopiando, com um sorriso largo, brindando ao amor, a vida...)
Danças pra mim
ao som dos bandolins
mostra tua sensualidade
doce cigana... infame dançarina
à luz de uma grande fogueira,
teus pés descalços,
essa saia longa vermelho encarnado,
os ombros desnudos nessa blusa branca,
tua boca carmim,
teus cabelos longos, negros,
esvoaçando... o breo da noite
o perfume sensual no ar...
e teus olhos...
olhos felizes e marejados de saudades,
de teu amor...
Ahh, o teu amor!

quarta-feira, 14 de maio de 2008

( I ) MORTAL - EU

Escrevo por razões adversas (diversas):
por mim, por meus amores, sentimentos,
dores, realizações...
Descrevo o homem e a mulher em mim,
seus desejos e afins.
Há luxúria em mim...
há candura em mim.
Sou mil em uma,
sou o universo e o átomo,
sou Deus de mim mesma.

Mas quem não é?

O lúdico e a realidade,
o macho e a fêmea,
o dúbio e o uno,
a dúvida e a certeza,
a ânsia e a satisfação,
a gula e o fastio,
os excessos e as faltas.

Quem não transborda o próprio cálice?

A extrema solidão.
O infinito particular (parafraseando a canção).
Sou tudo e muito mais,
e nada. Enfim...
Sou.

terça-feira, 13 de maio de 2008

Estranho no ninho

Dias e noites
perambulando,
em sonhos procurando caminhantes
como eu. Esperando.

Que tempo passe
e sem perceber
a angustia cesse
e a alegria inunde meu ser!

Dias e noites
procurando sem fim,
e nós dois amantes,
assim-assim.

Como estranhos no ninho,
pássaros em revoada
juntos, mas sozinhos
passos largos na caminhada.

Meu doce estranho,
meu querido conhecido,
teus olhos castanhos,
meu alento, meu abrigo.

Te quero hoje!
Te quero agora!
Te beijo a noite,
mas de dia, vou embora!

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Versos

Queria poder viver de versos.
Comê-los, bebê-los, amá-los,
senti-los todos os minutos,
carregá-los comigo, intensos.
Versos comuns ou rimados,
prosas, quadras, sonetos,
tanto faz, queria-os
sim, calmos ou tensos,
singelos ou densos,
versos, simples versos.
De amores, de verões ou invernos,
de dores, de paraísos ou infernos.
Versos, só versos.
Meus ou teus impropérios.

Ao meu filhote...

Amor... incondicional...mães e seus filhos, fêmeas e filhotes, quantos beijos e abraços, quantas vezes dizemos: eu te amo!
Ao meu digo inúmeras, incansáveis!

_Eu te amo!

E ele:

_Então tá!

Dormimos abraçados muitas vezes, e vários pedidos de me dá espaço (cama de casal mal cabem dois, quem dirá três)... chega pra lá pai.
Abraçadinhos... um selinho antes de dormir. Sono profundo... por vezes acordo com as mãozinhas dele afagando meu colo, ou ombros, digo pra ele:
_Pára filho, vai dormir!

_É carinho mãe! Tô fazendo carinho!

Outras acordo no meio da noite, levanto (banheiro e um copo d'água) e ao voltar encontro ele esparramado em meu lugar, tento mexê-lo, ele reclama, e então falo:
_Não vai me deixar deitar?

Ele prontamente me oferece um espaço na cama, mas pequeno, pra ficarmos mais pertinho um do outro, passa seu braço por meu pescoço e dorme novamente, como se nunca houvesse se mexido.
Por vezes cantamos:

Da laranja quero um gomo,
do limão quero um pedaço,
do menino mais bonito
quero um beijo e um abraço!
smac, upaaa (beijo e abraço forte e demorado).

Assim é meu menino, ora é meu amigo do peito, ora não é mais meu amigo.
São muitos:

_Eu quero vai buscar!

Mas outros tantos de:
_ Desculpa mãe!

Ou:

_Não chora já vai passar!


Sensível e puro, ingênuo e esperto.
Meu menino tá crescendo rápido e logo tudo isso vai passar a hostilidade, como muitos adolescentes, como eu mesma já passei... tenho medo dessa fase. Tenho medo de perdê-lo.


Ao meu Vinícius, razão dos meus dias... (12/05/2008).

Amanheceu

Bom dia!!!


Flores do dia.
Já contou o rouxinol
ou foi a cotovia?
Não sei mas eu vi o sol!!


Bom dia!!!

Levemente

Suavemente te toco,

procuro alento em tua pele,

entre os pelos o caminho,

em teu cheiro a intenção.

Quero me envolver nesse enlace

sentir todo o teu calor,

ter em teu colo o porto seguro.

Ah meu amor, grande amor,

descansarei em teus braços,

no conforto de teu peito.

Levemente voarei, voarei

onde os sonhos fazem ninho,

e nunca mais me sentirei

sozinho.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Acorda

Falta-te ousadia...
vejo tudo igual,
noite e dia
tão normal!

Felonia

Enquanto fugia
pensei que eu ia
em busca da alforria,
porém não encontrei anistia
e fui mais uma vitima da covardia.

Jarro quebrado...

Cacos,
estou em partes,
busco a cola para os pedaços,
torço para não faltar nenhum...

Sinto-me como uma criança perdida,
esquecida no shopping, na praia, no zoo,
deixada de lado, entristecida, preterida!
Nossa sinto até enjoo!

Deixada de lado, como se não tivesse importância,
como se nada fosse...odeio sentir-me assim,
deixada a distancia...
QUERO ATENÇÃO SIM!!!

Quero beijos e abraços,
quero comprimentos e felicitações,
quero ser lembrada em todos os espaços,
quero me libertar desses grilhões.

Solidão... ela não é bonita.
Ela não é minha amiga.
Não quero estar com ela, ela me delimita.
E ainda há quem a bendiga!

Não, não quero ser só,
quero multidões,
quero ver levantar o pó,
que estava nas afeições.

Olhem pra mim, por favor!
É realmente de dar dó!
Vejam a mim, por favor!
Estou aqui tão só.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Medo

Estou em pé em frente a porta,
temo abri-la, temo o que está por traz.

Está escuro aqui,
não enxergo nada,
sons confusos,
estou desorientada,
meus sentidos afetados pelo medo.
Frio... muito frio,
minha pele arrepiada,
Minha boca ficou seca de repente,
penso em rezar,
clamar por misericórdia.
Mas rezar pra quem?
Clamar pra quem?
Ou melhor, porquê?
Estou em pé em frente a porta,
temo abri-la, temo o que está por traz.

Tenho medo da solidão.

terça-feira, 6 de maio de 2008

Breve encontro

Ah, tão breve é o momento que nos une,
tão intensa é a felicidade que se instala,
fico feliz quando por mim passas com esse perfume,
que deveras me consome e avassala.

sábado, 3 de maio de 2008

pensamento...

Hoje percebo tamanha inocência,
o homem achar que a auto-suficiência
a tudo irá resolver.
Penso que seja infundado
nem sequer olhar pro lado
e esquecer que podemos ver.

Condenado

Castigo atroz,
visão feroz,
ver-te prostrado implorando:
piedade, piedade, ao algoz.

Dilacera minh'alma ver-te assim
subjugado e caído por fim.
Esperando o desfecho brutal,
deixado por tua alma imortal.

Sonho contigo as noites.
Vejo e revejo as foices,
a espreita, quase ao teu alcance.

Corra, corra não canse (meu desejo),
não deixes teu algoz alcançar-te (esperança),
não permitas que chegue o fim.

Entrada

A grandeza infinita do ser,
a leveza bonita do ter,
querer-te em meus braços somente
estarmos ligados em mente.

Juro-te beleza rara,
dar-te minh'alma cara,
como prova tênue de devoção
e por fim meu puro coração.

Devora-me esfinge felina,
teu olhar me domina,
tua sabedoria me consome.

Saciarei por fim tua fome,
por favor, por leviano não me tome
ou por ti derramarei minha essência salina.

Predileção

No fundo eu preferia ir além,
no fundo eu pretendia ir também.
Certo que o dia não findaria,
por certo que a vida continuaria.

Não quero estar a margem da vida,
pretendo ir aonde o sol nascer.
Tão longa é a partida,
tão triste é não poder.

Solidão gris e insólita,
ver-te partir não desejo,
estar contigo não quero.

Amor, lindo é esse ensejo
os pássaros cantam, voa o quero-quero,
e no momento meu amor grita.

Anjo meu

Sonho ter-te anjo caído,
serás meu mais doce arcano.
Assobias ao vento minuano,
que ressoa tão belo ruído.

Tua voz divinal escuto ao longe,
tal qual uma criança balbucia
com leveza as palavras primas. Unge,
consagra esse amor que nos unia.

Quero teus beijos arfantes,
teu cheiro inebriante,
teu gosto de insensatez.

perco-me em teus braços triunfantes,
teu olhar alucinante,
tudo de uma vez.