quarta-feira, 28 de maio de 2008

Carta a mim

Ah, ecoa em mim um grito contido,
um temporal em raios e trovões,
chuvas torrenciais em pleno estio,
seca arrasadora em épocas de chuva.
Há sopro de mim que são tormentas,
há o fogo eterno em meio a geleiras glaciais,
Explosão no universo, sons, muitos sons...
Me transformarei em Super nova
em meio a poeira cósmica.

As areias da ampulheta, tão cruéis,
contam os dias pra findar a vida.
E não mais haverá dualidade
ou exageros.
Só o silêncio ensurdecedor
dos pensamentos, dos sonhos
e esperanças esquecidas.

Por isso escrevo esta carta a mim,
lembrarei-me do que importa enfim,
o breve bater das asas das borboletas,
o som quase inaudível das flores desabrochando,
teu olhar malicioso a fitar minha boca.
E o beijo, teu beijo...

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